terça-feira, 23 de abril de 2013

Dia Mundial do Livro

Hoje é Dia Mundial do Livro. Desde 1996 que o 23 de abril, por decisão da UNESCO, lhe é dedicado.

Os livros sempre fizeram parte da minha vida. Tenho muitos, muitos que ainda não li, outros que precisava de reler. Em miúda, quando vinha da escola primária fazia um desvio (ia e vinha sempre a pé e sozinha ou com os colegas/vizinhos) para ir à biblioteca municipal requisitar livros. 

Não sei bem de onde vem este gosto. Não me parece que fosse especialmente estimulada para ler. A minha mãe contava-me histórias e parece que era menina para dizer "Ó mãe não é assim!".

Em criança tive alguns livros, não tinha muitos das coleções da moda da época. Por isso li mais que uma vez os mesmos, na adolescência trocávamos entre amigos ou, mais uma vez, ia à biblioteca. Lembro-me que não adormecia sem ler um bocado, lembro-me que lia o dicionário (!!!). Sim, muito estranho, mas lia mesmo. Abria numa página à sorte e lia algumas entradas... 

Não tenho O livro da minha vida, o preferido. Gosto de vários autores e tenho a impressão, aliás a certeza de que me falta conhecer muitos. No entanto, e voltando à infância, há dois que me marcaram. Um por ter sido o primeiro livro "grande" que li, tinha 8 anos. Outro porque num ano qualquer de crise foi o meu presente de Natal...




Em nome do blogue


Um dia tive um blogue. Já foi há muito tempo. Era só meu e ninguém o lia. Era uma espécie de catarse. O mal curou-se rápido e apaguei-o passado pouco tempo. No início deste ano achei que fazia sentido criar outro, bem diferente, com objectivos diferentes.

De repente, mas de forma anunciada, deixei de ter objetivos e horários a cumprir, a ter tempo de sobra e sem saber como o ocupar. Gosto de escrever e passo muito tempo sozinha. Leio muito na internet, podia ler mais livros, ver mais filmes. Gosto de saber o que se passa, de saber o que está a dar, de pesquisar, de aprender. Gosto de escrever. Por isso, e mesmo sabendo que há milhentos blogues, quase todos cheios de nada, pensei que agora que tenho tempo podia dedicar-me a deitar cá para fora alguma coisa do que vou vendo, pensando e vivendo.

Comecei achando que escreveria todos os dias. Logo vi que não. Nem sempre será por falta de tempo, claro, mas escrever requer cuidado tanto com a forma como com o conteúdo e nem sempre o momento acompanha o pensamento. Se não tenho nada que ache de jeito para dizer, não digo. É assim também na vida.

Este blogue começou pelo nome. Não sabia bem qual o caminho que ia seguir, se ia ser uma coisa mais direcionada ou mais generalista. De pessoal terá sempre (ou não fosse escrito só por mim). Tenho muitos interesses, gosto de muitas coisas e muito diferentes. Malas e bolinhos são só duas delas. Não é um blogue sobre moda nem sobre culinária, mas também pode muito bem sê-lo. Ainda não sei bem sobre o que é, mas isso para já não é importante.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

As voltas da Vida

De vez em quando gosto de voltar aos textos que escrevi há tempos. É como se fosse uma paragem para pensar, ver se o que pensava naquele dia ainda faz sentido, se mudei muito ou nem por isso. Não é uma viagem ao passado nem nada que se pareça. É uma espécie de retiro, de reflexão em momentos chave em que por um motivo ou outro penso, procuro respostas sobre o presente para melhor encarar o futuro.

Não tenho saudades da infância, da adolescência, dos meus anos 20. Não acho nada que no meu tempo é que era. Vivi tudo o que quis, nos limites do que pude, mais cedo ou mais tarde. 

Fui até onde nunca pensei que fosse possível chegar. Vivi emoções muito fortes, boas e más. Aprendi que a amizade não depende do tempo que passamos juntos nem da frequência com que falamos ou nos encontramos, que estamos sempre a tempo de encontrar novas pessoas, novos velhos amigos. Encontrei-me com o amor, o ódio, a paixão, a solidão, a amizade e a maldade. 

Não me tornei melhor por isso, fiquei diferente. Sou o que sou pelo que poderei ser e por tudo o que vivi. Parece cliché, mas é mesmo assim.