segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Que raiva!

Por vários motivos e nenhum em especial não tenho escrito nada... Mas hoje não posso deixar de passar em branco isto. Estou com muita raiva, tanta que não cabe em mim. 

É triste, revoltante chegares junto das tuas coisas, aquilo que compraste com trabalho e gosto, aquilo que tens dentro da tua garagem fechada... E encontrares só o seu lugar vazio! 

Que raiva! Que nojo! Que tristeza!

São "só" coisas e haja saúde, mas quando as coisas nos saem do corpo, quando as usamos com gosto, nos fazem bem e servem para o nosso bem-estar... É muita raiva que dá! São nossas, porra! 

Como se não bastasse liga-se para a GNR logo de manhã e o que acontece? Hmmm... nada, pois agora estão todos num acidente, depois vão para outro... só à tarde é que dá para ir. Como é possível?!?

Enquanto isso, a raiva cresce e a tristeza também...

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Contagem decrescente


O mês de julho está a acabar e a verdade é que não sei muito mais do que sabia há um mês. Sei que vou, não sei quando... em breve, parece, para a semana, talvez. A informação chega em conta-gotas. A espera vive-se com a ansiedade aos trambolhões. 

Não sei bem ao que vou nem o que vou encontrar. O desafio é grande e deixa-me com medo de falhar, de não corresponder, de sentir que não cumpri. Vou sozinha, sem proteção. Com algum receio também. Só não sei de quê. Darei a cara pelo que de bem e mal fizer. Sem medos. Ou nem tanto assim...

terça-feira, 25 de junho de 2013

Planos


Nunca consegui fazer planos nem me lembro de ter sonhos. Tenho a sorte de nunca dizer não aos projetos que surgem, mesmo que naquele momento pareçam que sejam só para estar ocupada, para fazer qualquer coisa. Tudo conta. TUDO. Num momento ou outro da nossa vida isso vai valer-nos.

Nunca consegui planear a minha vida e isso às vezes chateia-me. Nunca comprei bilhetes para um concerto com 6 meses de antecedência. Já percebi que não vale a pena. Não sei onde vou ou quero estar daqui a 5 anos. 

A minha vida tem sido uma coisa inexplicável, uma roda que me leva para cima ou para baixo. E tudo é decidido na hora, tanto as pequenas como as grandes coisas acontecem quando menos se espera e para já.

Esta é só mais uma. Falta um mês para tudo acontecer.






sexta-feira, 7 de junho de 2013

Roleta


Se parar um pouco para pensar... fica claro que o tempo em que está tudo parado é o tempo que as estrelas precisam para se organizar e preparar o nosso caminho. 

Faça-se silêncio para não atrapalhar... 

terça-feira, 28 de maio de 2013

Mais uma volta...


É muito bom quando se lembram de nós pelo trabalho que fizemos. Não será nada de especial para muitos. Para mim é uma coisa grande.

Para já é um convite, uma coisa nova... e um grande camadão de nervos!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Ele há cada uma...



Se há dez anos me dissessem que estaria hoje aqui, diria que não, que seria impossível. Sempre achei que este não seria o meu lugar, nada me dizia ou chamava aqui. Achava que seria outra cidade, outras pessoas, se calhar até outra profissão.

Nestes dez anos, conheci de facto outras cidades, outras pessoas, desenvolvi outras perspetivas da mesma profissão, mas acabei aqui, trazendo na bagagem tudo o que vi e vivi.

Há quem diga que a vida é feita de ciclos, que estamos sempre na roda, umas vezes em sentido ascendente outras em sentido descendente. Consigo identificar todas essas fases da minha vida.

Há seis anos estava claramente na mó de baixo. Mas não em tudo. Tinha encontrado o amor, aquele à séria, um amor paciente e que não desiste. Que não desistiu. Mas não tinha trabalho e muito menos perspetivas de o vir a ter. A licenciatura já não servia para grande coisa, mas já tinha alguma experiência que até achava que era interessante. Não sabia o que podia fazer, por onde furar. Por isso furei tudo. Bati as lojas dos centros comerciais e duas chamaram-me: uma para entrevista e outra para dobrar t-shirts durante umas horas e no fim diziam-me. Desde sempre trabalhei em part-time em lojas e em promoções, em diferentes setores, não iria ser difícil. Claro que não disseram nada.

Candidatei-me a tudo o que podia e não podia. Quis mudar de ramo e de rumo. Tinha perdido a esperança na profissão. No dia em que tinha de confirmar a minha presença numa longa formação que iria fazer a 100 km de casa, ligaram-me para ir trabalhar a quase 200km, dentro da área mas numa coisa completamente diferente. E agora? Pouco depois, mais uma chamada para uma entrevista para uma coisa que não sabia bem o que era, mas que acabou por durar mais de cinco anos. Ele há coisas!

Agora recordo-me de como foi naquela altura. As perspetivas são as mesmas, procuro mudar de ramo e de rumo. Realmente há coisas que não mudam. Na semana em que me chamam para um trabalho, chamam-me para aquela formação que queria mesmo fazer. A formação é a mesma de há seis anos, o trabalho também…

Definitivamente, não vale a pena fugir do caminho, ele apanha-nos sempre.

terça-feira, 14 de maio de 2013

La Pasta

Pode soar a "déjà vu", há poucos dias inventei qualquer coisa com massa. Por mim era todos os dias. Gosto mesmo muito. Lá se diz que o problema não é a massa, mas sim o que se come com ela. 

Estamos em tempos de contenção a muitos níveis, sobretudo calórica. Por isso, uma massinha leve com um leve acompanhamento não fará mal.

Desta vez uma lata de sardinhas em conserva (não precisa de ser a lata toda!!!) e uma sobra de massa que estava no frigorífico foram o mote de um almocinho bem saboroso. Sempre rápido e que não dê trabalho.


Massa fusilli
Sardinha em conserva
Tomate cereja
Rúcula

É muito fácil e pode-se comer frio. Para aconchegar um pouco mais, começa-se por enrugar o tomate na frigideira, acrescenta-se a massa e as sardinha, no fim põe-se a rúcula. Mistura-se tudo e está prontíssimo.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Tempo




E o tempo passa... Hoje é mais um dia que pertence ao passado. É já uma memória, uma recordação. Boa ou má, faz parte de nós, da nossa história.

Nesta corrida para o futuro, que começou no passado (mais ou menos recente), é frequente esquecermo-nos do presente, do que somos e valemos. Somos o resultado de uma operação imensa e complicada, somos um problema com muitos dados, sem resultado certo nem definitivo. Somos o que valemos por aquilo que fomos, por tudo o que fez de nós assim. Somos o que somos por dias como este, já passados; por dias que aspiravam a um futuro e corriam em sua busca, sem nunca o alcançar. É que quando se chega ao futuro, este passa logo a presente e imediatamente a passado.

Afinal, para que lado vai o tempo? Qual é a direcção que toma? Vai para a frente ou para trás? Anda às voltas, procurando o seu fio condutor?

O tempo. É ele que contamos para chegar a um futuro que queremos colorido. É com ele que contamos para sair de um passado de cores misturadas. É com tempo que esperamos chegar longe, bem longe, onde quer que isso fique. Pertença a quem pertencer o futuro, é de nós que ele depende, assim como o passado que um dia o vimos por alcançar, assim como este momento que vivo agora.

O nosso tempo tem o mapa cruzado com outros tempos, em todos os modos. É o tempo dos outros que se cruza com o nosso. O nosso tempo só faz sentido se parar de vez em quando, se nos alienarmos dele, sempre que o presente o obrigue, contrariando o passado e desafiando o futuro. A duração do tempo é ditada por nós, assim como o é a sua continuidade.

O tempo só por si não tem valor nem faz sentido. É bom ter tempo quando acontece cada respiração mais profunda ou quando ela se sustém; quando os presentes se cruzam e seguem juntos até ao futuro próximo. É bom ter noção do tempo, quando temos o nosso mundo à espera, quando esperamos por ele, quando nos cruzamos, sustemos a respiração... e caminhamos em direcção ao futuro, sem mapas nem orientações ou ficamos mesmo assim, por aqui, num presente que já foi futuro e que, como os outros, é já passado. Só faz sentido ter tempo quando temos por que o ter, quando alguém faz por tê-lo por nós.

O tempo é um poço sem fundo, um buraco vazio que nos atrai para o seu interior. Todos temos esse poço em nós, mas devemos passar por esse buraco, contorná-lo e tapá-lo, para que não caiamos nele e nos afundemos no vazio que é ter tempo e não ter por que o ter. 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Step by step: -5kg


Pouco a pouco, isto vai ao sítio. Está a ser mais lento do que esperava, ou melhor, do que desejava, mas quero que seja um caminho sem volta.

É um processo lento, que passa sobretudo pela reprogramação do nosso chip. Temos de nos focar noutra coisa, a comida tem de servir apenas para matar a fome. Temos de não cair em tentação. Temos de nos saber redimir de termos pecado. Não é impossível, mas também não é fácil.

Nunca comi muito, mas comia muito mal. Estando sozinha, raramente cozinhava. Comia qualquer coisa e passava. Essa foi a grande mudança. Agora se não há nada feito, faz-se qualquer coisa rápida mas que alimente.

Este é um exemplo de um prato muito, muito rápido e muito, muito fácil de fazer: 

Um punhado de conchas
Uma lata de atum (bem escorrido)
Pimento
Tomate cereja
Um fio de azeite

Enquanto se coze a massa, passa-se por um fio de azeite o pimento e o tomate cereja. Deixa-se cozinhar até que o tomate fique enrugado mas não seco. Acrescenta-se o atum e mexe-se. Depois de cozida e escorrida a massa, põe-se a mistura por cima. 

Ficou muito bom, leve e quentinho. 





quarta-feira, 8 de maio de 2013

Para-arranca-para...




O primeiro mês já passou. Aliás, já entrámos no segundo, este já está quase a meio. Para já, tudo bem. E isso é mesmo estranho. Não pode ser. Não é normal.

Estar sem trabalhar não faz bem a ninguém, muito menos a mim. Odeio não ter por que sair de casa, apesar de gostar de estar em casa. Faz-me falta a pressão de ter uma agenda a cumprir, objetivos a atingir. Preciso de pessoas.

Neste vai-vem, nas intermitências, entre decisões e indecisões, esta não é uma situação nova. Já tive um mês tramado, muito lixado. Depois o problema foi adiado até à decisão irreversível. Desta vez é de vez. Acabou. Aquilo que fizeste na última meia dúzia de anos basicamente não farás mais. Não há lugar para ti nem para ninguém como tu.

Ok. E agora? Não sei.

Escrito isto, devia fazer-me à vida. Mas qual vida? O caminho que fui traçando chegou a um beco sem saída. Sei que o melhor é mudar, seguir outro rumo. Qual rumo?

Não sei o que vou fazer, o que vou estar a fazer daqui a 6 meses (parece longe), não sei o que está depois da curva. Estou inquieta, muito preocupada, mas não estou a bater mal com isso. E é isso me que aterroriza.


"Na vida, nada se resolve, tudo continua. Permanecemos na incerteza; e chegaremos ao fim sem sabermos com o que podemos contar."
André Gide

sexta-feira, 3 de maio de 2013

F.R.A.


Isto é de doidos... mas de repente vês que passaram 17 anos desde a primeira vez que traçaste a capa e foste à Serenata Monumental, cheia de pose e orgulho, porque já não és caloira. 



Pela primeira vez calças sapatinho apertadinho depois de mil anos a usar botas e sapatilhas. Pela primeira vez usas saia travada pelo joelho, depois de mil anos de calças e calções. Pela primeira vez vestes camisa branca, depois de (vá, mil também parece muito) alguns anos a usar camisas grunge. Pela primeira vez na tua vida enfias-te num blazer, depois de mil anos a usar blusões. 

Tens a estranha sensação de que não cabes naquele figurino, mas tem tudo a ver contigo. E os anos seguintes não te enganam. Nem os outros depois desses ou então não ficavas de coração apertado quando ouves as guitarradas.

Há coisas que não se explicam. Vivem-se. As saudades não são pelo desejo que o passado volte. Nada disso. É apenas a sensação boa que a memória de dias felizes nos dá. F.R.A.


terça-feira, 23 de abril de 2013

Dia Mundial do Livro

Hoje é Dia Mundial do Livro. Desde 1996 que o 23 de abril, por decisão da UNESCO, lhe é dedicado.

Os livros sempre fizeram parte da minha vida. Tenho muitos, muitos que ainda não li, outros que precisava de reler. Em miúda, quando vinha da escola primária fazia um desvio (ia e vinha sempre a pé e sozinha ou com os colegas/vizinhos) para ir à biblioteca municipal requisitar livros. 

Não sei bem de onde vem este gosto. Não me parece que fosse especialmente estimulada para ler. A minha mãe contava-me histórias e parece que era menina para dizer "Ó mãe não é assim!".

Em criança tive alguns livros, não tinha muitos das coleções da moda da época. Por isso li mais que uma vez os mesmos, na adolescência trocávamos entre amigos ou, mais uma vez, ia à biblioteca. Lembro-me que não adormecia sem ler um bocado, lembro-me que lia o dicionário (!!!). Sim, muito estranho, mas lia mesmo. Abria numa página à sorte e lia algumas entradas... 

Não tenho O livro da minha vida, o preferido. Gosto de vários autores e tenho a impressão, aliás a certeza de que me falta conhecer muitos. No entanto, e voltando à infância, há dois que me marcaram. Um por ter sido o primeiro livro "grande" que li, tinha 8 anos. Outro porque num ano qualquer de crise foi o meu presente de Natal...




Em nome do blogue


Um dia tive um blogue. Já foi há muito tempo. Era só meu e ninguém o lia. Era uma espécie de catarse. O mal curou-se rápido e apaguei-o passado pouco tempo. No início deste ano achei que fazia sentido criar outro, bem diferente, com objectivos diferentes.

De repente, mas de forma anunciada, deixei de ter objetivos e horários a cumprir, a ter tempo de sobra e sem saber como o ocupar. Gosto de escrever e passo muito tempo sozinha. Leio muito na internet, podia ler mais livros, ver mais filmes. Gosto de saber o que se passa, de saber o que está a dar, de pesquisar, de aprender. Gosto de escrever. Por isso, e mesmo sabendo que há milhentos blogues, quase todos cheios de nada, pensei que agora que tenho tempo podia dedicar-me a deitar cá para fora alguma coisa do que vou vendo, pensando e vivendo.

Comecei achando que escreveria todos os dias. Logo vi que não. Nem sempre será por falta de tempo, claro, mas escrever requer cuidado tanto com a forma como com o conteúdo e nem sempre o momento acompanha o pensamento. Se não tenho nada que ache de jeito para dizer, não digo. É assim também na vida.

Este blogue começou pelo nome. Não sabia bem qual o caminho que ia seguir, se ia ser uma coisa mais direcionada ou mais generalista. De pessoal terá sempre (ou não fosse escrito só por mim). Tenho muitos interesses, gosto de muitas coisas e muito diferentes. Malas e bolinhos são só duas delas. Não é um blogue sobre moda nem sobre culinária, mas também pode muito bem sê-lo. Ainda não sei bem sobre o que é, mas isso para já não é importante.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

As voltas da Vida

De vez em quando gosto de voltar aos textos que escrevi há tempos. É como se fosse uma paragem para pensar, ver se o que pensava naquele dia ainda faz sentido, se mudei muito ou nem por isso. Não é uma viagem ao passado nem nada que se pareça. É uma espécie de retiro, de reflexão em momentos chave em que por um motivo ou outro penso, procuro respostas sobre o presente para melhor encarar o futuro.

Não tenho saudades da infância, da adolescência, dos meus anos 20. Não acho nada que no meu tempo é que era. Vivi tudo o que quis, nos limites do que pude, mais cedo ou mais tarde. 

Fui até onde nunca pensei que fosse possível chegar. Vivi emoções muito fortes, boas e más. Aprendi que a amizade não depende do tempo que passamos juntos nem da frequência com que falamos ou nos encontramos, que estamos sempre a tempo de encontrar novas pessoas, novos velhos amigos. Encontrei-me com o amor, o ódio, a paixão, a solidão, a amizade e a maldade. 

Não me tornei melhor por isso, fiquei diferente. Sou o que sou pelo que poderei ser e por tudo o que vivi. Parece cliché, mas é mesmo assim.



terça-feira, 26 de março de 2013

Odeio Sopa (Mafalda dixit)




Toda (ou quase toda) a gente tem um trauma de infância em relação à comida. Pode não ser nada de muito trágico, mas não é raro chegar a crescido com um odiozinho de estimação a determinado cheiro, sabor, textura de um alimento qualquer.

A sopa é o meu trauma de infância! Não gostava de a comer, mas comia-a pelos olhos (e não com os olhos). Para mim era um momento de perfeita tortura, com requintes de malvadez, em que a colher quase entrava pela goela abaixo. O perfeito horror. E porquê? E para quê? Não sei. Sei que nunca me recompus verdadeiramente do trauma. 

Claro que ao longo da minha rica vida fui comendo sopa... mas sempre passada, melhor dizendo creme de legumes, vá, sopa de bebé... Custa-me muito comer aquele entulho de legumes, não dá. Claro que sei que a sopa faz bem, que ajuda muito a saciar a fome, que é uma boa amiga para controlar o peso, etc., etc., etc.... Eu sei disso tudo! Sei também que não tenho jeito para fazer sopa. Acho que faz sentido. Não gosto de a comer, não a sei fazer.

Não me safo muito mal na cozinha (dizem), mas sei bem que nem sempre corre como gostaria (em casa tenho um barómetro infalível). Também me ponho a jeito. Que mania a minha de não provar a comida enquanto a cozinho! Há muitas coisas que não sei fazer na cozinha, são mais as coisas que não sei do que as que sei (mas quero aprender). A sopa é uma dessas coisas que não sei fazer bem. Raramente me sai bem. Não, não me digam que é só pôr os legumes a cozer, juntar sal e azeite. Não pode ser só isso. Se fosse eu era mestre em sopas.

Em janeiro, em jeito de resolução de ano novo, resolvi que ia mudar os meus hábitos alimentares. Mentira, eu decidi que devia fazer dieta, devia emagrecer. A solução, a "receita" implica comer sopa a todas as refeições (e só depois o prato e a fruta). A todas! Maldição! Eu odeio sopa! A verdade é que ao fim de 9 semanas e meia (!!!) nota-se que estou a portar-me bem. Aliás, refeição sem sopa não é a mesma coisa, parece que fica a faltar algo, como se não ficasse satisfeita. Quem diria!

Perfeito, perfeito era saber fazer. Sim, porque mesmo não saindo muito bem eu como. É sopinha de bebé, creme de legumes... O J. é um querido. Eu sei que ele não gosta da minha sopa, mas eu também não... Por incrível que pareça, a última não calhou muito (muito) mal. A consistência aceitável, o sabor menos mau, uns bróculos a boiar... O aspeto é o que se vê.  


A minha marmita

Continuo a dizer que não sei fazer sopa e que não é a minha comida preferida. Mas estou conformada com a realidade. 



quarta-feira, 13 de março de 2013

Uma questão de peso



Desde que me dou como gente sempre me fizeram saber que o peso é uma coisa importante. Um bebé gordinho é tão mais bonito, com as coxinhas cheias de refegos, as bochechas que dão vontade de apertar... Ooooh!!! Que gordinho! Que coisa tão linda! Depois vem a maldita escola primária! Os coleguinhas (tão amiguinhos) esquecem-se do nosso nome e passamos a ser os gordos, baleias... os coitadinhos porque são "gordinhos". E a partir daqui nunca melhora...

Nós habituamo-nos à ideia de que temos "ossos largos" e que redondo também é forma. Pelo meio, vamos tendo tentativas de mudar, mas nem sempre correm bem... Cada tentativa de mudar de corpo é uma viagem sozinha no deserto. Por vezes desistimos, outras resistimos. E conformamo-nos. Ou não. Tentamos de novo. Conseguimos... 

Conhecemos todos os mitos, poucos os factos, sobre comida e peso. Sabemos que não há segredos, que é fechar a boca e mexer o traseiro. Mas não é só isso! Nós sabemos que isso não chega. Sabemos para onde nos virar quando estamos tristes, quando nos enervamos, quando não temos fome mas vontade de comer. Umas mais doces, outras mais salgados. Eu sou dos doces. 

Nunca se come sem culpa, por gosto. Não precisamos que nos apontem ou nos digam que não devemos. Já vivemos com essa culpa como se nos apontassem o dedo em cada garfada, em cada dentada num pedaço de comida que nos sabem bem, que parece mal.

Cada quilo de derretemos, cada furo que fazemos no cinto é uma grande alegria. A certa altura começa a notar-se que estamos a mudar qualquer coisa. Recomeça a ladaínha: Estás mais magra! Vê lá o que andas a fazer! Isso das dietas não resulta! Quando parares vais voltar ao mesmo... 

Em cada ano novo, novos votos de mudança. Tentei de novo. O primeiro mês, a medo, até correu bem. Ainda falta muito para chegar ao objetivo, mas 3kg a menos não está nada mal. O segundo mês está a ser complicado. O inverno não passa, as tentações são muitas... Mas, pronto, ainda agora começou... E não vai ser agora que vou desistir!



segunda-feira, 11 de março de 2013

Douro d'ouro


Esta é a paisagem que inspirou Miguel Torga. Era aqui, a São Leonardo de Galafura, a mais de 600 m de altitude, que vinha mirar os socalcos, as vinhas, o Douro...



Depois de quase 18 km a subir (muito), em curva e contra-curva, sem saber o que nos esperava, o que poderia ser tão importante para Miguel Torga, somos agraciados com esta paisagem Património da Humanidade, património de todos nós.


É de facto uma vista incrível!

Esta foi uma visita adiada 18 anos. Valeu bem o passeio, a subida do Peso da Régua, passando por Santo Xisto, até Galafura, depois a descida de Galafura a Covelinhas.

Que bom que o J. gosta de conduzir e não se importa nada de se aventurar por estradas e becos desconhecidos. 

Que belo fim de semana! Um hotel simpático, comidinha muito, muito boa... Com ele cada viagem é sempre uma descoberta.




quinta-feira, 7 de março de 2013

Carpe Diem...





O tempo passa sem pedir licença. Vamos adiando os sonhos sem saber muito bem porquê. É o tempo que não se tem, o dinheiro que não se ganhou, as oportunidades que não aconteceram...

E o tempo passa na mesma, sem querer saber se temos tempo ou andamento para acompanhar o ritmo. Fica tudo por fazer, por dizer, por viver. E o tempo acaba...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Todos Diferentes, Todos Iguais



Temos todos tanto de diferente como de igual.
Muda a perspetiva, o traço com que cada um desenha o seu mundo.





segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Preocupo-me, Logo Existo!



À segunda foi de vez! Falhei esta peça no Porto, mas este fim de semana não me escapou.

Depois de um mês muito, muito cinzento soube bem ver teatro. Nunca tinha visto o Diogo Infante (há tantos que ainda não vi…) e não ficou nada aquém do que esperava. Muito pelo contrário! Que capacidade de se transformar! Ele é mesmo muito bom!
O público foi avisado, teríamos de dar ouvidos ao nosso “bebé interior”…

Em mais de 1h de espetáculo, vimos Diogo Infante metamorfoseando-se em 8 personagens distintas, estereotipadas, que num discurso provocador e repleto de humor negro,  mexem em tabus, hipocrisias e demagogias de uma sociedade apática e deprimida.
Ridendo castigat mores...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

It's Monday


Quem nunca disse mal da vida por haver segundas feiras no calendário? Depois de dois dias (normalmente) descansados, quem é que quer levantar-se cedo e ir trabalhar?

Imagine-se agora não ter de o fazer, poder acordar mais tarde, não ter obrigações a cumprir... Soa bem, não soa? Imagine-se agora fazer isto por tempo indeterminado, por tanto tempo quanto durar o tempo sem trabalhar...