quarta-feira, 8 de maio de 2013

Para-arranca-para...




O primeiro mês já passou. Aliás, já entrámos no segundo, este já está quase a meio. Para já, tudo bem. E isso é mesmo estranho. Não pode ser. Não é normal.

Estar sem trabalhar não faz bem a ninguém, muito menos a mim. Odeio não ter por que sair de casa, apesar de gostar de estar em casa. Faz-me falta a pressão de ter uma agenda a cumprir, objetivos a atingir. Preciso de pessoas.

Neste vai-vem, nas intermitências, entre decisões e indecisões, esta não é uma situação nova. Já tive um mês tramado, muito lixado. Depois o problema foi adiado até à decisão irreversível. Desta vez é de vez. Acabou. Aquilo que fizeste na última meia dúzia de anos basicamente não farás mais. Não há lugar para ti nem para ninguém como tu.

Ok. E agora? Não sei.

Escrito isto, devia fazer-me à vida. Mas qual vida? O caminho que fui traçando chegou a um beco sem saída. Sei que o melhor é mudar, seguir outro rumo. Qual rumo?

Não sei o que vou fazer, o que vou estar a fazer daqui a 6 meses (parece longe), não sei o que está depois da curva. Estou inquieta, muito preocupada, mas não estou a bater mal com isso. E é isso me que aterroriza.


"Na vida, nada se resolve, tudo continua. Permanecemos na incerteza; e chegaremos ao fim sem sabermos com o que podemos contar."
André Gide

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